Pedal, Sol & Poeira: Perdido em Aldeia (O Batismo de Karolina)

Domingo, dia 27, começou com um desafio e tanto, sair da cama! Até tentei, mas não consegui dormir cedo na noite anterior, o sono não apareceu...acordei quebrado, mas depois de três anos pedalando de forma mais rotineira, eu não queria passar nem mais uma semana sem conhecer algumas das muitas trilhas de Aldeia. Sem contar que seria nesta trilha o "batismo" da minha magrela, até então sem nome. Assim, saímos Dênis e eu rumo à UFRPE onde nos encontraríamos com dois integrantes do grupo Desgarrados MTB. Piaui, que ainda não tive o prazer de conhecer, não pode comparecer, mas lá estava Zeca Batalha! Sem querer fazer trocadilho, mas já fazendo, o cara nos levou para uma verdadeira batalha. Pedalamos nos mais variados terrenos: areia, pedra, barro, entre valas, no meio da mata, etc.

Dênis e Zeca Batalha

E o sono? O sono sumiu, desapareceu... cansaço? Que nada! Não tem sono, cansaço nem muito menos estresse que resista à uma pedalada como essa! Foi show de bola, ou melhor, de bike! E por falar em bike, o ritual de "batismo" da minha magrela havia começado em Poço do Pau, lá estiveram presentes alguns elementos essenciais à uma boa trilha: lama, poças de água, terreno escorregadio, etc. Mas ainda faltava enfrentar, descidas e subidas no meio da mata fechada, caminhos e trilhas que às vezes só dá para passar uma bike por vez. Esses caminhos estreitos são chamados de single track ou singletrack! Na companhia de Dênis e Zeca, eu e minha bike pudemos enfrentar tudo isso nesse domingo em Aldeia.

Em um certo momento, depois de passar num trecho de mata fechada, não consegui avistar Dênis e Zeca. Naquele trecho, a trilha se dividia, e agora!? Eles poderiam ter seguido por qualquer caminho, no entanto, eu não poderia simplesmente optar por um e correr o risco de não mais encontrá-los, ficaria perdido no meio da Mata de Aldeia! kkkk Mas o fone tava comigo. Eu:"ei Dênis, que caminho vocês pegaram? O da direita, fazendo o cotorno, ou o da esquerda, descendo?" - Dênis: "O da direita pow, estás perdido é?". Eu: "Claro que não!" kkkkkk... tava nada! Fiz o cotorno à direita e logo avistei os dois em baixo de uma "torre de rede de alta tensão"

Depois de tantos desafios vencidos, e de mais uma pedalada acima de 80km, não restava mais dúvida, o batismo havia acontecido... Minha magrela agora passaria a ter um nome, e como o sertão não me sai da cabeça, Karolina, com K, é assim que vou lhe chamar!

Até a próxima pedalada galera!

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